Valongo Festival da Imagem 2016 – Aventuras por Santos

Durante uma semana em outubro eu estive na cidade de Santos, SP, para acompanhar o Valongo Festival da Imagem, com suas palestras, debates, workshops e exposições. Um lugar rico de boas fotos e bons questionamentos sobre fotografia.

Quando recebi o email confirmando as bolsas em 4 dos 5 workshops que eu pedi, uma alegria muito grande tomou conta de mim. Essa foi a primeira edição do Valongo Festival da Imagem e também o primeiro festival de fotografia que eu fui!

 

Nunca estive em Santos, então foi também uma boa oportunidade de conhecer a cidade, talvez mais o lado decadente da mesma, mas não menos interessante. Me lembrou muito a zona portuária do Rio de Janeiro, antes das reformas para os Jogos Olímpicos.

 

Estou acostumado mais com palestras, workshops e congressos voltados para a fotografia de casamento ou eventos sociais. E talvez por isso o impacto do festival de fotografia tenha sido tão grande em mim. A liberdade de “montar sua grade”, a possibilidade de esbarrar e bater um papo com grandes profissionais do meio, sem estrelismos, sem egos inflados, sem maiores pretensões, me fez amar tudo o que vi e que vivi durante dias tão intensos.

 

Tive a oportunidade de fazer 4 workshops (que estavam mais para masterclasses): duas sobre fotografia, com o fotógrafo de moda, autoral, de nudez e de retratos Bob Wolfenson e com o fotógrafo de natureza Araquém de Alcântara, cujos trabalhos e a rápida convivência se converteram em um divisor de águas pra mim. Os outros dois workshops que eu fiz foram sobre narrativas, afinal é um pouco da minha função enquanto fotógrafo de casamentos, sendo um deles sobre roteiro de cinema com Miguel Machalski e o outro sobre roteiro para televisão, com a autora de novelas Thelma Guedes.

 

Além dos workshops, tinham exposições espalhadas por vários pontos da região do Valongo, dois debates diários sobre diversos assuntos relacionados a fotografia, vídeo e cinema e uma feira literária com editoras independentes, para o meu desespero (e principalmente do meu bolso!). Tinha dias de chegar no evento às 9:30 da manhã e sair às 22:30!

 

Antes de começar o Festival, aproveitei pra “turistar” um pouco e fui conhecer o museu do café e passear de bondinho. Escolhi fotografar tudo que eu vi em preto e branco pelos dias nublados que eu encontrei e por acreditar que as fotos desse jeito expressam melhor tudo o que eu senti por esses dias.

 

Lembrando que é preciso clicar nas fotos para vê-las em seu tamanho e proporções corretos (já que o site se adapta a qualquer dispositivo, o que pode cortar as fotos…). Vale a pena!